Estimulação Medular: o que é e para que serve
A estimulação medular é um procedimento minimamente invasivo utilizado sobretudo no tratamento da dor neuropática. Caracterizada por uma disfunção no sistema nervoso, ela pode ser bastante debilitante e resistente a terapias convencionais.
A partir de doses reduzidas de energia elétrica em regiões específicas do trato espinotalâmico, é possível controlar a dor crônica e restabelecer a qualidade de vida do paciente.
Nesse sentido, além das dores neuropáticas, a implantação dos eletrodos medulares também pode ser realizada em pacientes que sofrem com outros quadros:
Estimulação medular para doenças cardiovasculares
O eletrodo neuroestimulador de medula pode ajudar a amenizar, por exemplo, a dor da angina refratária. Isto é, quando a dor no peito é resistentente à intervenção coronariana e o paciente não é candidato a cirurgias de revascularização miocárdica ou angioplastia coronariana;
Doenças urológicas e a estimulação medular
A estimulação medular apresenta resultados positivos no manejo da dor pélvica crônica, cistite intersticial e síndrome da bexiga dolorosa;
Tratamento cirúrgico da dor causada por doenças reumáticas
Fibromialgia, artrite reumatóide, osteoartrite, espondilite anquilosante e outras condições reumatológicas têm sintomas relacionados à dor atenuados com o eletrodo de estimulação medular;
Estimulação medular para síndrome de dor regional complexa
O tratamento de estimulação cerebral também é eficaz para casos graves e refratários de SDRC, conhecida ainda como distrofia simpático-reflexa ou algodistrofia;
Síndrome pós-laminectomia
Ocorre quando não obtém-se sucesso no tratamento da dor aguda mesmo depois da cirurgia de coluna, de forma que o implante de estimulação medular torna-se uma opção para aliviá-la.
Funcionamento da Estimulação Medular
A estimulação medular envolve a implantação de um dispositivo que envia impulsos elétricos suaves diretamente para a área da medula espinhal. O objetivo desses impulsos é reabilitar o sistema nervoso frente ao constante estímulo doloroso. Ele altera a forma como o cérebro percebe a dor.
Os sinais enviados substituem a sensação dolorosa por uma mais leve, descrita muitas vezes como um formigamento. Isso acontece por meio do mecanismo da “porta de controle” da dor.
Essa teoria descreve a capacidade do sistema nervoso central de modular as fibras medulares causadoras de dor, exercendo assim a abertura ou fechamento desta “porta” para sinais de dor antes que eles alcancem o cérebro.
											Procedimento de Implantação de Eletrodos
O neuroestimulador medular é composto por um ou mais eletrodos finos que são colocados perto da medula espinhal e um gerador de pulso. É possível compará-lo a um marcapasso cardíaco.
Os equipamentos são implantados sob a pele, geralmente na região abdominal ou glútea. O paciente pode controlar a intensidade e os padrões de estimulação usando um controle remoto externo.
A implantação do estimulador da medula espinhal geralmente é realizada em duas fases. A primeira é um teste temporário para avaliar a eficácia do dispositivo em reduzir a dor do paciente. Se o teste for bem-sucedido, procede-se à implantação permanente de eletrodos na coluna vertebral.
A bateria do eletrodo em questão pode durar entre 5 e 12 anos. Este tempo varia de acordo com a frequência de utilização e quantidade de recursos oferecidos pelo aparelho. Passado esse período, é necessário realizar a troca do mesmo.
Quanto antes o neurocirurgião especialista em nervos periféricos der início ao tratamento com a estimulação medular, maiores as chances de melhora nos episódios de dor.
											Eficácia da Estimulação Medular
Os benefícios da estimulação medular incluem uma melhora significativa na intensidade da dor. Outros benefícios indiretos são a redução no uso de medicamentos analgésicos, especialmente opióides. A vantagem em reduzi-los está relacionado ao alto potencial para dependência e efeitos colaterais que apresentam.
Além disso, muitos pacientes relatam melhorias na capacidade de execução de atividades cotidianas e rápido retorno a suas funções diárias normais. Essa retomada da qualidade de vida é o principal objetivo do neurocirurgião – especialista em atuar em distúrbios que acometem o sistema nervoso.
No entanto, embora a estimulação medular seja uma opção promissora para o manejo da dor crônica, não é adequada para todos os pacientes. É papel do especialista realizar uma seleção cuidadosa dos candidatos ao procedimento.
O sucesso do tratamento depende de vários fatores, sendo eles:
- Quadro clínico geral.
 - Históricos de tratamentos realizados;
 - Alinhamento de expectativas do paciente em relação aos resultados;
 - Experiência do profissional designado.
 
Sendo este um tratamento inovador e de ponta, é importante buscar os melhores neurocirurgiões de São Paulo e do país para sua realização. Experiência prévia, especialização em neurocirurgia funcional e atenção individualizada aos pacientes são outros pontos que contribuem para um bom resultado.
Os eletrodos devem ser ajustados de acordo com cada paciente e seus sintomas. As diferentes combinações de polos negativos e positivos devem ser combinados com a largura de pulso, frequência de estímulos, intensidade de corrente e a localização da corrente elétrica no sistema nervoso.
Esta técnica é um exemplo de como a neurocirurgia funcional está se expandindo para incluir uma gama de tratamentos que vão além das cirurgias tradicionais. Hoje, é ampla a oferta de alternativas minimamente invasivas que melhoram significativamente a qualidade de vida dos pacientes com doenças crônicas e debilitantes.
Caso queira saber mais sobre as indicações para o procedimento e passos do tratamento, entre em contato e agende a sua consulta.
FAQ- PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE ESTIMULAÇÃO MEDULAR
Quanto custa um estimulador medular?
O custo do estimulador medular pode variar muito de acordo com a tecnologia apresentada e a informação costuma preocupar o paciente candidato a sua implantação. Porém, vale destacar que alguns planos de saúde cobrem o procedimento, que está no ROL da ANS. De qualquer forma, o procedimento pode variar entre 164 e 260 mil reais, incluindo os custos com os equipamentos implantáveis e toda a estrutura hospitalar necessária.
O que é dor neuropática?
A dor neuropática é um sintoma decorrente de problemas no sistema somato sensitivo, que termina por lesionar os nervos e causar um desconforto crônico. A estimulação medular é uma opção viável para o tratamento para dor neuropática crônica.
O que é um neuroestimulador cerebral?
Neuroestimulador cerebral é um dispositivo implantável que envia impulsos elétricos para áreas específicas do cérebro com o objetivo de modular a atividade neural e tratar determinadas condições médicas.
Como é feita a cirurgia de neuroestimulador?
A cirurgia de neuromodulação na medula envolve duas etapas, sendo a primeira um teste que avalia a resposta do paciente à percepção da dor ao utilizar os eletrodos, e a segunda a implantação definitiva dos mesmos, geralmente na região abdominal ou glútea.
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